PIS/Cofins mobiliza empresários
A mobilização nacional organizada pelas Federações do Comércio
contra o aumento do PIS/Cofins chegou a Brasília, onde a
Fecomércio-DF promoveu, no dia 8, o Seminário Mudanças no
PIS/Cofins. Líderes dos segmentos envolvidos debateram o assunto
e os impactos da proposta do governo, que pretende unificar o
cálculo dessas contribuições.
Realizado na Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), o seminário teve a presença do
secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
Aumento da carga tributária
Na avaliação dos empresários, a expectativa de simplificação do
sistema de apuração no PIS/Cofins, ao contrário do que anuncia o
governo, terá como consequência o aumento de carga tributária,
gerando insegurança especialmente para o setor de serviços. Esse
segmento recolhe suas contribuições no regime cumulativo, cuja
apuração é mais simples.
Pelo novo modelo, as empresas dos setores de serviços, educação
e construção civil passariam a pagar uma alíquota de 9,25% sobre
o faturamento, e não mais de 3,65%.
Mudança provocará mais inflação
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT),
o aumento no PIS/Cofins deve gerar um acréscimo de 4,3% nos
preços gerais, impactando a inflação. Educação e saúde ficarão
mais caras, e até mesmo o preço da casa própria deverá aumentar.
O governo poderá obter um crescimento de R$ 50 bilhões por ano
em sua arrecadação.
Lançada este ano, a mobilização contra o aumento do PIS/Confins
iniciou-se no Paraná, com a Fecomércio-PR, e será estendida a todo
o País.