Confiança do comércio renova mínimo histórico, diz CNC
A confiança do comércio voltou a atingir o mínimo histórico em setembro. O indicador recuou 4,1% em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, para 81,5 pontos, o menor valor da série iniciada em março de 2011 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na comparação com setembro de 2014, sem ajuste, o recuo foi de 26,6%.
“O mês de setembro, que abre normalmente a temporada de ofertas de vagas para trabalhadores temporários no final de ano, mostrou-se pouco favorável para contratações. As perspectivas continuarão baixas nessa área”, destacou a instituição.
A pesquisa aponta que 61,1% dos empresários pretendem reduzir a contração de funcionários nos próximos meses.
Com mais esse resultado negativo frente a agosto, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou a 11ª queda seguida neste confronto. Oito dos nove componentes da pesquisa estão em seu menor nível de toda a série.
“O resultado de setembro confirma 2015 como o pior ano do varejo desde 2003”, diz a CNC.
A instituição revisou suas projeções para o setor neste ano. Segundo a CNC, a queda nas vendas deve chegar a 2,9% no conceito restrito.
Já no segmento ampliado, que inclui veículos e material de construção, o recuo deve ser de 6,7%, o pior da série, iniciada em 2004 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado do Icec em setembro foi puxado principalmente pela queda de 8,3% na percepção dos empresários sobre as condições atuais. O maior grau de insatisfação entre os empresários é com o estado corrente da economia brasileira.
Segundo a CNC, 93,9% dos entrevistados acham que economia está pior que no ano passado – maior porcentual de insatisfação já registrado em mais de 55 meses de pesquisa.
A perspectiva em relação ao futuro tampouco é positiva. As expectativas recuaram 2,4% em setembro ante agosto, embora se mantenham em 121,7 pontos, acima da zona negativa, cujo limite é definido pelos 100 pontos. A CNC aponta que 46,9% dos entrevistados afirmam que a economia vai piorar nos próximos meses.
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