A percentagem de brasileiros inadimplentes em setembro deste ano é 19,6% maior do que no mesmo mês de 2013, segundo a Serasa Experian. Este é o maior aumento anual desde maio de 2012, quando a inadiplência era de 21,4%.
No acumulado de janeiro a setembro de 2014, a alta é de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na comparação mensal, por outro lado, houve uma pequena retração ante agosto (0,8%).
É a segunda queda mensal seguida do índice. Em agosto, a inadimplência foi 0,2% menor do que em julho.
Para os economistas do Serasa, a inadiplência recuou neste dois meses porque os brasileiros estão menos dispostos a acumular dívidas. De acordo com Luiz Rabi, economista da instituição, houve, nos últimos meses, um movimento quase de “paralisação do crédito”, com menos gente buscando empréstimos.
Já o índice mais alto em relação a 2013 é reflexo da situação econômica com inflação alta e crédito caro.
“É efeito da redução do poder de compra”, observa Rabi.
Em relação a agosto, apenas as dívidas não bancárias (cartão de crédito, lojas, prestadores de serviço) retrocederam (-3,1%).
Todas as outras registraram crescimento: bancos com 0,8%, protestos com 16,7% e cheques sem fundo com 0,4%.
De acordo com Rabi, é comum que, em épocas de alta na inadimplência, o aumewnto de se dê primeiro no setor não bancário, porque as pessoas buscam preservar o cheque especial para casos de necessidade. “Se a situação se agravar, isto vai chegar aos bancos também”, disse.