Práticos e seguros, feitos de plástico e chip, os cartões representam a maneira moderna de fazer compras.
Mesmo assim, não conseguem desbancar o prestígio conquistado pelos simplórios e, aparentemente, ultrapassados carnês de papel.
Grandes redes de lojas tem no carnê um importante aliado porque ele faz o cliente ir ao ponto de venda pelo menos uma vez por mês, quando a prestação vence.
Um ganho para o lojista na operação com o carnê é o seu custo, em princípio inferior ao das administradoras de cartão cuja taxa média varia entre 3% a 4% do valor da venda, observa o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas ( CDL ) de Porto Alegre, Gustavo Shifino.
Conforme observou o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas ( FCDL ), Vitor KOCH, o varejo, na verdade, nunca abandonou o carnê, apesar de o cartão das administradoras significar “inadimplência zero”.
Entretanto, o custo para os lojistas com atrasos e não pagamentos no carnê é inferior ao custo da taxa das administradoras de cartão, acrescenta o dirigente.Esta eficiência financeira, diz, só é possível no segmento do varejo, especializado no tema análise de crédito.
“As grandes redes e parte do comércio dominam e sabem usar as boas ferramentas de controle de crédito, eficazes na prevenção da inadimplência”, ressaltou Kock.